Raízes
Uma flor, que desabrocha após o inverno;
uma semente antes morta, que se permite “arborecer”.
Como um barco á vela, este ao vento se lança ao mar,
deixando o cais de sua segurança, pelo destino incerto de navegar.
Talvez, não mais que palavras secas
Antes acorrentadas; apenas, pelo nó em minha garganta.
Não mais que uma fugitiva do tal destino;
Não mais que lembranças;
Não mais que incertezas e confianças;
Esperanças fincadas no amanhã
Talvez presa nos laços de criança ou numa mente sã.
É medo de firmar raízes, receio de ficar.
Uma mulher, com toque de êxtase,
É essência e perfume.
Como faísca apenas para que haja fogo.
Ou como chama pelo desejo de queimar.
Como um barco, é preciso puxar âncora.
Todavia se criar raízes como seria ,pois, possível se lançar?
Mas no abrir da noite, na chama que arde;
é preciso ir para poder ficar.
Deixa aqui, só para não perder as “inspirações” de uma noite.